A Jornada de Anderson Torres
- Anderson Torres
- 3 de mai. de 2021
- 4 min de leitura
Atualizado: 6 de set. de 2021
Anderson Torres é psicólogo com pós-graduação em psicanálise clínica pela Unitri/Facuminas onde desenvolveu trabalhos com a temática em “Transtorno Afetivo Bipolar, luto, psicanálise e outros transtornos mentais”, com diversos cursos na área de Desenvolvimento Pessoal. Possui experiência em Psicologia Hospitalar que desenvolveu em Uberlândia/MG, onde atendeu pessoas com inúmeras dificuldades, sobretudo, o luto.
Seu principal objetivo é criar um espaço que gere transformações na vida das pessoas e proporcionar equilíbrio emocional nas relações interpessoais em diversos âmbitos. Sua missão é oferecer, através do trabalho terapêutico individual ou em grupo, ferramentas para que as pessoas possam desenvolver um processo de autoconhecimento e transformação.
Quando era criança o perguntavam: “O que você vai ser quando crescer?”, porém ele não pensava sobre o assunto, muito menos em psicologia. A verdade é que quando era criança, queria muitas coisas.
Nunca deu essa resposta. Na verdade, não sabia o que era um psicólogo e o que ele fazia. Descobriu isso lá pela fase de pré-adolescência. Desde cedo leu muitos livros e sempre teve sua atenção voltada para assuntos psicológicos.
Porque escolheu psicologia?

Sempre gostou muito de ouvir o que as pessoas têm a falar, suas histórias, suas vidas. Isso leva as pessoas a desabafarem. Sempre se sentiu bem em ajudar, pelo menos ouvindo.
Na adolescência, a filosofia e a psicologia o encantaram (as ciências humanas em geral). Então, quando teve que decidir, começou a pesquisar as possibilidades, olhou as grades dos cursos para conhecer os assuntos e a psicologia foi a que mais lhe chamou a atenção. Fez orientação profissional e optou por esta área do conhecimento.
Desde o início, e até desde muito antes, portanto, já estudava Freud e Jung. E quando entrou na faculdade, na ULBRA (Universidade Luterana do Brasil) em Gravataí/RS, prosseguiu com os estudos.
Associa a psicologia à função de transformar, pois acredita nela como meio de promover transformações significativas, que vem do interior, frutos de reflexão, de encontros íntimos consigo mesmo e que são capazes de tornar as pessoas e a sociedade melhores.
É por isso que eu escolheu a psicologia!
A psicologia é uma das áreas mais interessantes a serem estudadas. Afinal de contas, esse é o campo de análise das mentes, das personalidades e, de maneira geral, do comportamento humano. Os estudiosos da psicologia desenvolveram a capacidade de observar, diagnosticar, prevenir e curar doenças mentais.
"Qual a razão de ser da psicologia se não promover a mudança, a transformação, por menor que seja?"
Aproximação com o Luto
O Anderson sempre foi uma pessoa que gostava de ouvir e estar em contato com as dificuldades de outras pessoas. Durante sua graduação teve aulas com alguns professores ouviu eles falarem da psicologia hospitalar. Esse é um ramo da psicologia que tem como foco acolher e tratar as pessoas enfermas ou com a saúde mental debilitada. Se viu nesse local e imaginou como seria bom.
"Quando vinham os estudos de casos era muito prazeroso e me encantava como a psicologia poderia fazer diferença. O trabalho com os familiares e os outros profissionais envolvidos no caso também pode fazer parte importante no dia a dia da profissão".
Nos estudos de caso houve uma que o impactou muito: tratava-se de uma paciente em luto. O caso despertou o interesse em ler mais sobre o tema. Pouco depois, o assunto já era um de seus preferidos. A psicologia é perfeita para dar a sustentação que o enlutado precisa para suas perdas. Com um acolhimento e cuidado, que só quem exerce essa profissão tão linda, pode dar.
Após isso começou a atender nos estágios, tanto no hospital, como no consultório. A Psicologia Hospitalar trabalha com pacientes debilitados, seja por motivo de enfermidade grave, seja por alguma doença mental. Ela se difere bastante da clínica. Nesta última, o psicólogo pode atender pacientes que buscam, por exemplo, resolução para conflitos conjugais.
Já em hospitais, são pessoas que deixaram suas casas para tentar se adaptar a novas rotinas e aos procedimentos médicos. O Psicólogo Hospitalar pode trabalhar em hospitais comuns, ajudando o paciente a enfrentar diagnósticos (como o de câncer ou de outra doença grave), preparando-o para procedimentos importantes e angustiantes (como cirurgia) ou ajudando-o a lidar com novas rotinas e práticas.
Pessoas que tentaram suicídio também fazem parte desse atendimento. Dois ambientes diferentes onde o luto está presente. É comum, também, pessoas que perderam pessoas, negócios, relacionamentos, e outros tipos de perdas.
"O que me deixava mais satisfeito em minha atuação era a melhora na saúde mental dos pacientes. Ter uma perda, seja ela qual for, é bastante angustiante, sendo necessário reajustar toda a rotina e ressignificar vários fatos e sentimentos. Lidar com dores advindas do luto também não é nada fácil".
Em sua atuação ele conseguia ver como o seu trabalho é capaz de reajustar a vida das pessoas e dos envolvidos com elas. As técnicas terapêuticas contribuem para o aumento do bem-estar e da saúde mental. O trabalho, então, é recompensador, pelo fato do profissional promover aos outros uma vida com mais saúde e qualidade.
Agora, neste momento de pandemia do novo coronavírus (COVID-19), as pessoas estão lidando com situações altamente estressoras que ameaçam a capacidade de enfrentamento adaptativo.
De forma inquestionável, existe uma ameaça à saúde física e mental da população na contemporaneidade. Temos que lidar com o luto de perder nossas rotinas, o convívio social e com as pessoas que amamos, instabilidade profissional, possibilidade de passar fome, abalo psicológico graças ao medo do que pode acontecer.
Além de tudo isso, há a possibilidade da perda de pessoas que amamos, o que torna o tema - o luto - muito importante para todos nós que estamos a mais de um ano vivendo com ele e teremos muitas sequelas físicas e emocionais.
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