Luto na gravidez
- Anderson Torres
- 7 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de set. de 2021
Nível do conteúdo: básico.
A gravidez é um período de transição que envolve a necessidade de reestruturação e reajuste. Tratam-se de mudanças físicas e emocionais profundas que para cada mãe adquire um sentido diferente. Toda gravidez é única, exclusiva.
Na maternidade também nos deparamos com experiências de perdas difíceis de serem compreendidas. A mulher está gerando uma vida e ela deve se preparar para isso. Quando um recém-nascido morre, o fim chega muito próximo ao princípio. Não há tempo suficiente para entender o que está acontecendo. A vida é tomada, impiedosamente, pela morte. É a máxima contradição.
A mãe deve lidar com um vazio tanto interno quanto externo. Quando uma criança nasce morta, não existe nada. Está sendo registrado na mente um nascimento e uma morte. Está gravado os dois, ao mesmo tempo. O bebê não está lá, fala-se do funeral não do que vem depois ao nascimento.

A morte é a frustração de todos os desejos, devaneios e fantasias desta mulher e ainda, a impossibilidade de aplicar sua capacidade materna. O bebê dos seus sonhos torna-se apenas uma imagem, um ser que não está vivo em carne e osso, mas vivo em pensamento e emoção.
Durante a gestação, o organismo da mãe se preparou para aleitar e cuidar do recém-nascido. Nada disso acontecerá. As mamas devem ser cuidadas para secar o leite. O puerpério será apenas fisiológico. Logo o corpo da mãe deverá se adaptar à nova condição de não-mãe.
Existem vários tipos de lutos na gestação e cada uma delas possui suas particularidades dependendo da fase em que ocorre a perda e não há como comparar uma com a outra. Todas são difíceis e sentidas de maneira diferente por cada mulher. Entendemos que este é um assunto muito difícil de tratar, mas também é extremamente necessário visto que, infelizmente, é algo comum de acontecer.
Além do luto da perda, ou interrupção da gravidez existe o lutos relacionado a alguma necessidade especial que o bebê possa vir a ter. Antes mesmo da mulher ficar grávida o casal cria uma imagem, um ideal, de como o bebê será, quais serão suas características físicas e comportamentais. Quando descobrem que o bebê terá uma necessidade especial haverá um luto em relação a esse bebê imaginário e uma readaptação ao novo bebê que está por vir.
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Referencias
VÄISÄNEM, Luna. O pesar da família e o processo de recuperação quando o bebê morre. Texto, Internet, 2002.
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