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Perda na família e suas consequências

  • Foto do escritor: Anderson Torres
    Anderson Torres
  • 11 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

Para, Bowlby e Parkes (1970), a família é considerada como um subsistema que se inter-relaciona com outros subsistemas dentro de um contexto social. Para se encarar as perdas em família é necessário o restabelecimento e construção de uma nova identidade no grupo, uma vez que a família é uma realidade social.


A perspectiva de considerar o impacto da morte sob um efeito sistêmico na família é fundamental para este trabalho. Maria Helena P. F. Bromberg (2000) descreve a partir dos escritos de (Walsh e MacGoldrick, 1988, 1991; Raphael, 1983, Byng-Hall, 1991) na prática clínica as variáveis que se interpenetram, envolvendo problemas em diferentes escalas, como:


• Dificuldades práticas do adulto enlutado ao assumir funções após as perdas, às quais não estava habituado;

• Sintomas físicos decorrentes do enlutamento, exemplo: taquicardia, anorexia, insônia, cefaleia.

• Solidão e isolamento em função do embaraço pela menção das perdas pelas pessoas;

• Lidar com o luto de outros membros da família, além do próprio;

• A forte intensidade o luto acompanhado por sentimentos de pânico ou ideias suicidas.

• Medo de colapso nervoso, muitas vezes, pela experiência ilusória: ver ou ouvir o falecido;

• Falta de um contexto para a expressão de culpa e raiva;


É importante identificar clinicamente as diferentes reações quanto ao choque emocional e o impacto da morte sobre a família e se isto é uma manifestação de um luto atual ou passado. Uma breve intervenção no período de crise se faz necessária, já que o apoio social pode durar menos do que o período de luto. A terapia da família enlutada tem seus objetivos que determinam a escolha dos procedimentos de intervenção (McGoldrick,1991), sendo definidos como objetivos:


a) Reconhecimento compartilhado sobre a realidade da morte;

b) Compartilhamento da experiência da perda e sua contextualização;

c) Reorganização do sistema familiar;

d) Reinvestimento em outras relações e objetivos de vida.


Fazer terapia pode ajudar as famílias a criar narrativas que facilitem e enriqueçam sua integração da perda. O processamento do luto não é para vencer a ausência, mas a morte. Não é para se opor à separação, mas ao esquecimento.


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REFERÊNCIAS


BROMBERG, Maria Helena PF. A psicoterapia em situações de perdas e luto. Editora Livro Pleno, 2000.


BOWLBY, J. Attachment and loss: Vol. 1. Attachment (2nd ed.). New York, NY: Basic Books, 1969/1982.


MCGOLDRICK, Dominic. The United Nations convention on the rights of the child. International Journal of Law, Policy and the Family, v. 5, n. 2, p. 132-169, 1991.


 
 
 

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