Como lidar com o luto?
- Anderson Torres
- 10 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de set. de 2021
Nível do conteúdo: básico.
Não existem fórmulas mágicas ou receitas infalíveis para lidar com o luto e sim pensamentos e atitudes que nos auxiliam nessa caminhada.
Entramos no luto, sofremos e temos que aprender a lidar com a ausência e com a distância. Cada pessoa tem o seu tempo, e todos precisam estar livres, sem cobranças e especulações até conseguirem se adaptar e aprender a sobreviver sem aquilo ou sem a pessoa que se foi.
O “se” e o “quando” não nos ajudam nesse momento, pelo contrário, essas palavras nos ferem como um punhal.
Não acreditamos no que aconteceu, não queremos falar sobre o assunto, temos falta de energia e alterações no sono, no humor e no apetite, o que nos leva a um isolamento e distanciamento do presente.

Sentimos raiva das pessoas e, muitas vezes, do que acreditamos (em termos espirituais), pois foi permitido que o ser amado fosse tirado de nós e esta raiva precisa ser colocada para fora. A nossa angústia se transforma em revolta e a relação com outras pessoas pode se tornar um grande martírio. A pessoa enlutada se questiona: "Como elas conseguem trabalhar, estudar e seguir em frente?".
Parece que todos continuam sua caminhada, menos o enlutado. O luto é um período de muita solidão e ao mesmo tempo, muito sagrado. É vivenciado de maneira ímpar, pois cada pessoa reage a ele de maneira diferente e não existe certo ou errado.
Fazer tudo o que for possível para que esses sentimentos acabem é uma ideia recorrente que atinge o enlutado, até que ele tome consciência de que não tem mais volta e que não há mais o que ser feito. Para a morte e o tempo, não existe negociação.

Em processo de doença grave e sem cura, por exemplo, a morte começa a ser encarada de perto, pois a percepção do estado de saúde do ente querido aciona o gatilho do luto antecipatório, que pode ser vivido tanto pelo paciente, como pela família, amigos e profissionais de saúde.
É uma fase dolorida e de elaboração, compreendida entre o diagnóstico de uma doença e a morte propriamente dita. A tristeza se faz presente, com a percepção consciente que a perda está ali. Percebemos a finitude do ser humano.
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Referências
SOARES, Edirrah Gorett Bucar; MAUTONI, Maria Aparecida de Assis Gaudereto. Conversando sobre o luto. Editora Agora, 2013.
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