Luto na relação afetiva: separação e infidelidade conjugal
- Anderson Torres
- 6 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de set. de 2021
Nível do conteúdo: básico.
A dor da perda amorosa é tão desmedida que para alguns estudiosos ela é reconhecida como morte em vida.
Quando se trata do término de relacionamento sabe-se que a dor de amor existe desde que o mundo é mundo, entretanto, ela ainda é pouco permitida pela sociedade. Também não é percebida como um processo de luto. São inúmeros os sentimentos e emoções que eclodem na psique de quem está sofrendo, sentimentos estes que são difíceis de decifrar, o que torna o término ainda mais confuso.
A pessoa atingida pelo fim do relacionamento entra em um estado emocional semelhante a de quem está perdido; há uma baixa autoestima, pois coloca-se o outro em um pedestal distante daquilo que ele é realmente, insiste em dedicar-se ao outro, o que leva a falidas tentativas e que apenas favorecem a redução do seu próprio ser.
Muitas vezes para o indivíduo que está em estado de sofrimento, não é dado o tempo suficiente para sofrer, como se este tivesse a obrigação de ser feliz a qualquer custo. E esse custo, frequentemente, é um preço alto a se pagar.

A infidelidade refere-se a qualquer forma de envolvimento romântico e/ou sexual, de curto ou longo período que ocorre enquanto o indivíduo está em um relacionamento com outra pessoa. Seus impactos são diversos, especialmente no que se refere às perdas do que se esperava para si, o parceiro e o relacionamento.
Pode-se compreender a infidelidade conjugal como uma perda ambígua, dado que mesmo com a presença do parceiro infiel, este não é visto da mesma maneira, ocorrendo mudanças em seu papel na família.
Por envolver ambivalência, pode gerar luto não reconhecido, um fator de risco para o luto complicado. Diante disso, o objetivo do presente foi compreender a experiência de homens e mulheres que vivenciaram a infidelidade de seus cônjuges e identificar as perdas envolvidas nesse processo (CARUSO, 1986).
Leia mais: O que é luto?
Referencias
CARUSO, I. A separação dos amantes-uma fenomenologia da morte, 4 e., Ed. 1986.
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